sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Minha alma sangra


Levantei da cama hoje com TPM, estou irritada e magoada por coisas que desconheço e nem sei bem o que sinto.

Não estou com ódio fatal do mundo, mas quero ser deixada em paz e desejo que pelo menos por um minuto, todos não falassem comigo como se eu fosse um ser descontrolado e sem coração, que parassem de me criticar ou de me dizer o que tenho que fazer da minha vida.

Neste extato momento ninguém, exceto eu mesma, sei o que é o melhor para mim.

Tento a cada respiração, controlar as sensações de incapacidade, vulnerabilidade, inferioridade e menosprezo que sinto por mim e por tudo ao meu redor.

Não quero que as outras pessoas percebam essas mudanças, rápidas, mas profundas e, mesmo assim, meu corpo e olhos dizem ao contrário.

Tem um rio que quer se despejar de mim e, como sempre isso acontece, meu corpo tem que ser preparado para esse desprendimento humano e íntimo que pode trazer vida à terra.

E para um ser tão fecundo e frágil, a delicadeza desse momento se torna especial para mim, mas é incompreendida por quem me rodeia e deseja que eu seja banal e comum.

Toda a minha alma grita de dentro para fora de me útero, por 3 longos dias...

Numa manifestação clara de força e coragem para me lembradar de que nasci MULHER.

E percebo então que tenho direito neste momento tão delicado a ter TPM, chorar e ter rancor por coisas que não compreendo.

E quero ser respeitada por isso.

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