quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ansiosa espera...



Nessa manhã acordei sozinha.Como
sempre só é como tem sido toda minha vida.Intermináveis dias numa busca
frenética por minha alma gêmea que espero estar em cada esquina que viro, a cada
dia que amanhece...


A solidão é uma parceira tão
constante e fiel que nem sinto mais sua presença aniquiladora.Como uma bruma
intensa que me impede de ver ao redor.


A vida passa igual, monótona e sem
cor, um brilho esmaecido que se apaga com o correr dos anos.


E nessa manhã acordei
sozinha.Novamente.


E mais uma vez tive por companhia a
esperança, essa eterna amiga que me estende a mão e me diz para não
desanimar.


Onde está o outro lado da minha
moeda?A esperança me aconselha a esperar.Mas esperar não é o que tenho feito por
todo esse tempo?Mas parece que o meu tempo não é o tempo de Deus e a paciência
fica comigo nessa manhã.


Me pergunto, para que tanta luz do
sol se meu olhar não precisa mais de luz para procurar?Afinal tenho de
aguardar...Para que tanto perfume nas rosas se o cheiro não me consola mais?E
continuo esperando...


Preciso chegar logo ao final de
minha busca.Mas o tic tac do relógio do tempo é mais lento que a ansiedade que
toma conta de minha alma.


E o tempo sabe ser implacável,
destruindo meus doces sonhos, corroendo minha carne.Me olho no espelho e somente
vejo uma metade de nada, sem identidade, sem porto, sem ter porque viver.Um poço
de solidão que ri para seu reflexo.


Esperar é o
bastante?


O tempo irá dizer.

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