quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Meu grito


Explode minha alma num grito estridente, agudo e quase sobre humano que está preso na garganta e me impede de respirar.
Grito num revolta sinistra, antiga e calada sem meias palavras, a alma arde numa chama vivaz, quer se libertar das amarras e viver solta nas montanhas da vida, num horizonte sem fim.
Vejo em meus sonhos Nuvens diáfanas, revoada de pássaros e plenitude sem limites.Suspiro então de indignação e ansiedade por essa conquista que demora tanto em me chegar.
A espera corroe meus sentidos, flecha minhas veias e consome meu sono que fica inquieto.Se torna doloroso respirar.A insatisfação cria raízes em mim que tenho medo de se tornarem profundas e eternas.
O coração começa a ser enlaçado por garras que apertam, sugando minha vivacidade, essência de meus dias felizes, mas guardo a esperança de recomeçar.
E para isso vivo e treino meu canto de glória que vai substutuir no futuro, meu grito presente.
O futuro agora não parece tão distante, espero que o grito perca a força, não alcance minha montanha amada e secreta.
Meu canto toma forma, se prepara para sair, se expandir, se fundir ao meu corpo e dar voz à minh'alma.
Renascer das cinzas, é o que espero.Calada, quieta.apenas aguardo com paciência limitada.O tempo e o lugar certos.
Para renascer como uma fênix.

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