terça-feira, 19 de março de 2013

PF pode ajudar nas investigações do assassinato de Rodrigo Neto




AUDIÊNCIA PÚBLICA CONTRA A IMPUNIDADE




Segundo Ministra dos Direitos Humanos “Queremos apurar não apenas o crime que vitimou o jornalista Rodrigo Neto. Mas também os crimes que ele levantou, que ele estava  investigando e levou a público. Aquilo pelo qual tentaram cala-lo”




IPATINGA –  Na tarde desta terça-feira (19), aconteceu uma audiência pública no  auditório do12º Departamento de Polícia Civil no Bairro Iguaçu para tratar das investigações do assassinato do repórter policial, Rodrigo Neto de Faria, 38, executado no começo da madrugada do dia 08 deste mês ( há 13 dias), com 13 dias, no bairro Canaã. A audiência começou por volta das 14h e foi presidida pelo deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, contando com a presença de várias lideranças políticos, judiciárias, delegados e repórteres que aguardavam ansiosos a presença da  ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Maria do Rosário Nunes (PT).
Também participaram do encontro, membros do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), representantes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional de Direitos Humanos.

O Delegado Emerson Morais, titular da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, que vem investigando a morte de Rodrigo Neto, juntamente com mais três investigadores, que pela primeira vez falou em público sobre o caso explicando que foi designado pelo chefe de polícia de Minas Gerais Cylton Brandão no mesmo dia que o jornalista foi vitimado, que ele classificou como hediondo e bárbaro. “Tínhamos a missão de obter provas objetivas e subjetivas, para um futuro decreto condenatório. Já temos algumas linhas investigativas que estão em fase embrionárias e prematuras. Para que em um prazo razoável  de investigação seja dado uma resposta a contento para a sociedade. É uma investigação complexa, cheia de nuances e que corre sem atropelos. Então a investigação não pode ter embaraços, atropelos ou contratempos”, adianta o delegado que diz que as diligências ocorrem diuturnamente .
Durante a audiência Durval Ângelo cobrou resposta para crimes antigos ocorrido na região que até hoje estão sem solução e que eram investigados por Rodrigo Neto como a Chacina de Belo Oriente, crimes do Sindicato do crime da região que matavam pessoas que iam para os Estados Unidos e ficavam como fiadores das famílias,  os crimes recentes ocorridos em Santana do Paraíso, do grupo de extermínio que usava a moto verde, há cinco anos atrás fato que levou a decapitação de um jovem cujo a cabeça foi jogada da varanda da casa do Capitão, hoje major do PM Leôncio Botelho e tantos outros crimes que ainda ficaram sem solução.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coêlho diz que ainda neste mês o Conselho Federal da OAB  estará com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para pedir que seja estudada a possibilidade de ingresso da Polícia Federal nas investigações no assassinato de Rodrigo Neto: “e também vamos pedir ao ministro a abertura de processos administrativos para exclusão dos policiais envolvidos em extermínio neste estado”, declarou.


A Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário  acredita que  estão sendo observados todos os trâmites no curso da investigação  mas salienta que não deixará de acompanhar o inquérito -“Como autoridades federais de um conselho de direitos humanos e a Polícia Federal poderá estar apoiando com suas iniciativas. Acolhemos também as reivindicações apresentadas pelo deputado Durval Ângelo. Queremos apurar não apenas o crime que vitimou o jornalista Rodrigo Neto. Mas também os crimes que ele levantou, levou a público e que ele estava  investigando. Aquilo pelo qual tentaram cala-lo”, declarou a Ministra que pediu aos profissionais de imprensa presentes ao evento que se por acaso sofrerem ameaças que denunciem previamente às autoridades e seus empregadores, os veículos onde trabalham.
“Sabíamos que ele havia denunciado às autoridades que estava sendo ameaço, por isso essas situações precisam ficar devidamente  registrados”, afirma Maria do Rosário, dizendo que assim as medidas necessárias serão tomadas.






Delegado responsável pelas apurações do caso Emerson Morais


presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coêlho 




A AUDIÊNCIA reuniu autoridades civis e militares locais, do estado e do país





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