CASO JORNALISTA RODRIGO NETO
Deputado
Durval Ângelo, ministra Maria do Rosário e outras autoridades visitam Departamento de
Polícia Civil de Ipatinga obter
informações e solicitar agilidade e rigor nas investigações que apuram o
assassinato do repórter policial
DA REDAÇÃO - Nesta terça-feira
(19), completam,12 dias que o repórter policial Rodrigo Neto de Faria, 38 anos
foi abordado em um churrasquinho, por
dois motoqueiros encapuzados, ainda não identificados que o executaram
barbaramente com três tiros fatais, no bairro Canaã, quando ele já se preparava
para ir para casa.
Visando
acompanhar o andamento das investigações para solucionar o crime, ocorrido no
começo da madrugada do último dia 8 de março, a ministra Maria do Rosário (PT),
da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), estará
em Ipatinga, nesta terça-feira (19), às 14h no 12º Departamento de Polícia
Civil (DPC) que fica na rua Maraque, 95 no Bairro Iguaçú.
A
visita acontece através de um requerimento do deputado Durval Ângelo (PT),
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia legislativa, que
também estará na comitiva que vai acompanhar Maria do Rosário. A comitiva tem
também a finalidade de obter informações
e solicitar agilidade e rigor nas investigações que apuram o assassinato do
jornalista, Rodrigo Neto.
A
expectativa é de que ela desembarque no aeroporto da Usiminas por volta das 13.
A
ministra Maria do Rosário, traz consigo ainda os membros do Conselho de Defesa
dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), representantes do Sindicato dos
Jornalistas de Minas Gerais, da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho
Nacional de Direitos Humanos.
Um
atentado contra a democracia
Maria
do Rosário se encontrará com o delegado José Walter Mota Mattos, do 12º
Departamento de Polícia Civil de Ipatinga.
A
ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, publicou em seu perfil no Twitter
que a morte do jornalista “tem características de execução, um crime contra a
vida e um atentado contra a liberdade de direitos humanos”. Em outra ocasião chegou a afirmar que iria se encontrar com a cúpula da Polícia
Civil. “Da qual pedirei esclarecimentos e cobrará celeridade na solução do
caso”, salientou.
Segundo
a ministra Maria do Rosário, trata-se de um atentado contra a democracia.
"O crime contra o jornalista Rodrigo Neto possui características de
execução. Foi um atentado contra a vida, os Direitos Humanos e a liberdade de
expressão", afirmou.
No âmbito do
ministério foi instalado um grupo de trabalho que irá analisar denúncias e
propor ações e diretrizes para buscar impedir que casos como esse se repitam
impunemente.
Durval
Ângelo diz que assim que foi comunicado sobre a morte do jornalista, o deputado
enviou ofício ao governador, Antônio Anastásia, ao secretário de defesa social
do Estado, Rômulo Ferraz, ao chefe da Policia Civil e a corregedoria da Polícia
Militar, solicitando providências e apuração rigorosa sobre o caso. “O
jornalista, que foi assassinado porque denunciava chacinas e assassinatos,
supostamente envolvendo policiais. Rodrigo Neto já havia comparecido à Comissão
de Direitos Humanos da Assembleia para denunciar o envolvimento de policiais
nos crimes que ficaram conhecidos como Chacina Belo Oriente e o grupo de
extermínio Moto Verde”, comentou.
Rodrigo
Neto, tinha acabado de fazer um lanche
em uma tenda na Avenida Selim José de Salles e se encaminhava para o seu
veículo, quando dois homens, em uma motocicleta, atacaram o jornalista,
acertando-o com três tiros. Ele trabalhava na Rádio Vanguarda e no jornal VALE
DO AÇO atuando na editoria policial.
Repercussão
A
morte do jornalista tem repercutido na imprensa nacional e internacional.
Embora ainda não tenham sido apurados os motivos, os indícios até o momento
apontam para uma tentativa de “calar” Rodrigo Neto, que atuava como repórter
investigativo. Caso confirmada esta linha, o crime, além de ser tratado como um
atentado à vida, passa a ser também um atentado à liberdade de expressão e à
imprensa, último alento da sociedade, quando as ações dos três poderes
construídos falham.
O
inquérito está a cargo do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa
(DHPP), de Belo Horizonte, que não se pronuncia sobre o caso, que é tratado
como sigiloso.
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