segunda-feira, 18 de março de 2013

Ministra estará do 12º DPC cobrando providências sobre a morte de Rodrigo Neto



CASO JORNALISTA RODRIGO NETO





Deputado Durval Ângelo, ministra Maria do Rosário  e outras autoridades visitam Departamento de Polícia Civil de Ipatinga  obter informações e solicitar agilidade e rigor nas investigações que apuram o assassinato do repórter policial

Janete Araújo 
REPÓRTER 
DA REDAÇÃO -  Nesta terça-feira (19), completam,12 dias que o repórter policial Rodrigo Neto de Faria, 38 anos foi  abordado em um churrasquinho, por dois motoqueiros encapuzados, ainda não identificados que o executaram barbaramente com três tiros fatais, no bairro Canaã, quando ele já se preparava para ir para casa.
Visando acompanhar o andamento das investigações para solucionar o crime, ocorrido no começo da madrugada do último dia 8 de março, a ministra Maria do Rosário (PT), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), estará em Ipatinga, nesta terça-feira (19), às 14h no 12º Departamento de Polícia Civil (DPC) que fica na rua Maraque, 95 no Bairro Iguaçú.
A visita acontece através de um requerimento do deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia legislativa, que também estará na comitiva que vai acompanhar Maria do Rosário. A comitiva tem também  a finalidade de obter informações e solicitar agilidade e rigor nas investigações que apuram o assassinato do jornalista, Rodrigo Neto.
A expectativa é de que ela desembarque no aeroporto da Usiminas por volta das 13.
A ministra Maria do Rosário, traz consigo ainda os membros do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), representantes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional de Direitos Humanos.

Um atentado contra a democracia

Maria do Rosário se encontrará com o delegado José Walter Mota Mattos, do 12º Departamento de Polícia Civil de Ipatinga.
A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, publicou em seu perfil no Twitter que a morte do jornalista “tem características de execução, um crime contra a vida e um atentado contra a liberdade de direitos humanos”.  Em outra ocasião chegou a afirmar que  iria se encontrar com a cúpula da Polícia Civil. “Da qual pedirei esclarecimentos e cobrará celeridade na solução do caso”, salientou.
Segundo a ministra Maria do Rosário, trata-se de um atentado contra a democracia. "O crime contra o jornalista Rodrigo Neto possui características de execução. Foi um atentado contra a vida, os Direitos Humanos e a liberdade de expressão", afirmou.
No âmbito do ministério foi instalado um grupo de trabalho que irá analisar denúncias e propor ações e diretrizes para buscar impedir que casos como esse se repitam impunemente.
Durval Ângelo diz que assim que foi comunicado sobre a morte do jornalista, o deputado enviou ofício ao governador, Antônio Anastásia, ao secretário de defesa social do Estado, Rômulo Ferraz, ao chefe da Policia Civil e a corregedoria da Polícia Militar, solicitando providências e apuração rigorosa sobre o caso. “O jornalista, que foi assassinado porque denunciava chacinas e assassinatos, supostamente envolvendo policiais. Rodrigo Neto já havia comparecido à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia para denunciar o envolvimento de policiais nos crimes que ficaram conhecidos como Chacina Belo Oriente e o grupo de extermínio Moto Verde”, comentou.
Rodrigo Neto,  tinha acabado de fazer um lanche em uma tenda na Avenida Selim José de Salles e se encaminhava para o seu veículo, quando dois homens, em uma motocicleta, atacaram o jornalista, acertando-o com três tiros. Ele trabalhava na Rádio Vanguarda e no jornal VALE DO AÇO atuando na editoria policial.

Repercussão
A morte do jornalista tem repercutido na imprensa nacional e internacional. Embora ainda não tenham sido apurados os motivos, os indícios até o momento apontam para uma tentativa de “calar” Rodrigo Neto, que atuava como repórter investigativo. Caso confirmada esta linha, o crime, além de ser tratado como um atentado à vida, passa a ser também um atentado à liberdade de expressão e à imprensa, último alento da sociedade, quando as ações dos três poderes construídos falham.
O inquérito está a cargo do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), de Belo Horizonte, que não se pronuncia sobre o caso, que é tratado como sigiloso.




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