Manifestação marca os 30
dias da execução do jornalista Rodrigo Neto
Uma manifestação realizada na tarde desta segunda-feira
(08), no centro de Ipatinga, marcou os 30 dias da execução do jornalista
Rodrigo Neto de Faria. Depois de uma concentração na Praça 1º de Maio, diversas
pessoas saíram numa caminhada até a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ipatinga.
Articulado pelo Comitê Rodrigo Neto, o movimento reuniu profissionais
da imprensa, colegas de trabalho, amigos e familiares do jornalista, que
trabalhava na Rádio Vanguarda AM e Jornal Vale do Aço. Também bacharel em
Direito, Rodrigo abordava em suas matérias crimes não solucionados pela
polícia.
Alvo de ameaças de morte denunciadas ao Ministério Público e
à polícia, o jornalista foi morto a tiros por volta das 0h30 do dia 8 de março,
numa das mais movimentadas avenidas da cidade. Ele havia acabado de sair de uma
barraquinha de churrascos e entrava no seu carro quando foi atingido com um
tiro na cabeça, outro no peito e um terceiro nas costas.
Natural de Caratinga, Rodrigo Neto era casado e tinha um
filho de seis anos de idade. No programa Plantão Policial, na Rádio Vanguarda,
Rodrigo apresentava aos sábados um quadro intitulado ‘O que o tempo não
apagou’. Entre os diversos casos abordados, execuções praticadas por um suposto
grupo de extermínio formado por policiais.
O Comitê Rodrigo Neto foi formado por profissionais da
imprensa do Vale do Aço com o objetivo de cobrar das autoridades a
identificação e prisão dos autores do assassinato do jornalista. Semanalmente,
o movimento edita matérias que faziam parte da agenda de notícias de Rodrigo
Neto. O material tem sido publicado em conjunto pela imprensa regional e já
está na quinta reportagem.
Com o slogan ‘Rodrigo Neto – Sua voz não vai se calar –
Chega de impunidade!’, o movimento saiu às ruas do centro de Ipatinga nesta
segunda-feira e chamou a atenção da população. Depois de percorrer a avenida 28
de Abril, onde está localizado os principais estabelecimentos comerciais da
cidade, os manifestantes subiram a avenida João Valentim Pascoal até a 1ª
Delegacia Regional de Polícia Civil.
“A manifestação cumpriu seu papel
de lembrar um mês sem respostas sobre a autoria do crime. Contamos ainda com a
presença de mães de vítimas de crimes que caíram no esquecimento e também
aguardam resposta. Essa cobrança pela impunidade é muito importante, ela lembra
algo que era muito natural no Rodrigo, que era clamar por justiça”, avaliou uma
das coordenadoras do Comitê Rodrigo Neto.
Nesta quinta-feira, membros do
Comitê estarão em Belo Horizonte para entregar à ministra Maria do Rosário
Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, um relatório sobre
os diversos casos denunciados por Rodrigo Neto. Há cerca de 15 dias, a ministra
esteve em Ipatinga, juntamente com o deputado estadual Durval Ângelo (da
Comissão de Direitos Humanos da ALMG) e deputado federal Nilmário Miranda, para
participar de uma audiência pública sobre a execução do jornalista.
Manifestação
incentiva que outros crimes não caiam no esquecimento
IPATINGA- Durante a manifestação conta a impunidade pelos mais
de 30 dias da execução do jornalista Rodrigo Neto , o representante regional do
Sindicato dos Jornalista Paulo Sérgio de
Oliveira diz que a entidade vem procurando
junto as autoridades competentes uma resposta mais rápidas para o
assassinato do repórter policial e e também vem apoiando todas as atividades
realizadas pelo Comitê Rodrigo Neto e pela imprensa regional que cobra uma
solução. “O grande medo é que imprensa regional seja ameaçada cada vez que
fizer uma denúncia qualquer. Já ficamos sabendo que alguns órgãos estão
encontrando dificuldade em cobrir notícias policiais. É um conjunto de crimes
que acontece na região que estão ficando
sem solução e isso é preocupando”, salienta
O promotor
de Justiça Walter Freitas acredita que a manifestação foi importante para
marcar a posição da sociedade contra os crimes que ocorreram e que não foram
resolvidos. “Fatos como essa não podem cair no esquecimento, não sobre com
relação ao Rodrigo Neto, mas com relação ao todos os outros que precisam ser
devidamente esclarecidos”, observa. Sobre os casos de crimes que sem solução
que Rodrigo Neto cobrava para que não ficassem impune e que a imprensa vem
investigando, fato que vem sendo criticando por alguns setores,o Walter Freitas
diz que é de extrema relevância para que não caiam no esquecimento da população
e de quem estão á frente das investigações, por se tratarem de casos
importantes.
Para o
Professor de História Sávio Tarso esse
crime é simbólico . Se fizermos as autoridades investigarem chegarem aos
culpados e as provas e levar o caso a julgamento. Poderemos pensar que a
impunidade estará nos deixando”, afirma.
Segundo o
presidente da Câmara de Vereadores de Coronel Fabriciano Marcos da Luz a
execução de Rodrigo neto atenta conta a
sociedade, por isso não se pode deixar que
a voz dele seja calada. As investigação andar muito devagar e tudo que se puder ser feito para não deixar
esse crime cair no esquecimento é válido”, diz o parlamentar.
Savio Tarso professor História |
Paulo sergio representante sindicato jornalistas |
Pomotor de Justiça Walter Freitas |
Marcos da Luz presidente da Câmara de vereadores de Cel. Fabriciano |
Mesmo chovendo na hora da concentração na praça primeiro de maio no centro de Ipatinga a turma não desanimou |
Parabéns Janete!!!
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