segunda-feira, 2 de maio de 2011

NOSSAS RELAÇÕES HUMANAS


*Janete Araújo

Ao longo de nossas vidas passamos a conviver como vários tipos de pessoas que a seu modo podem fazer a diferença em nós, com ações, exemplos ou somente pelo ato de observarmos como elas agem.
Tudo tem seu tempo certo para acontecer e só na hora determinada por Deus passamos a contar com este alguém que a partir daí estará junto a nós e se a permanência ou dessa relação pode ou não ser recíproca, só mesmo vendo para saber. Pois no fim tudo tem um sentido, um, propósito e não cai uma folha no chão sem que o pai Celestial tenha assim determinado. E as pessoas entram em nossas vidas e ficam o tempo necessário ou estipulado por Deus. Isso pode ser horas, dias, anos... Nós humanos nunca saberemos ao travarmos conhecimento com alguém, seja ao encontrarmos aqueles que são apenas nossos colegas de trabalho e não se cria outros laços que os estritamente profissionais; há aqueles que vemos nas ruas, os cumprimentamos e seguimos em frente; outros querem tanto saber sobre nós, o que e como estamos fazemos coisas que não lhes dizem respeito que acabam por se tornar a pior espécie de fofoqueiros dos quais deliberadamente tomamos a decisão de nos manter á distancia. E ainda há os prestadores de serviço que vem e vão rapidamente. Mas existem algumas pessoas (e destas temos que tomar o máximo de cuidado), vão se achegando de mansinho e acabam por nos envolver em suas teias emaranhadas e complicadas e no início até parecem outra pessoa, pois fazem tudo para te agradar, mas a realidade vai se apresentando aos poucos: são falsos amigos que as relações humanas nos impõem para conseguirmos discernir com liberdade e clareza o bom do ruim; o que queremos definitivamente para nós e o que merece ser descartado e vamos sempre aprender com tais experiências. É muito parecido com fazer faxina no guarda roupa ou sapateira e retirar aquilo que nos é inútil e abrir espaço para coisas novas e melhores. Pois não precisamos entulhar nossas casas e vidas com bugigangas imprestáveis só por medo de tomar a decisão certa e por comodidade vamos adiando e criamos a triste ilusão de um dia reaproveitar o que já não tem mais conserto.
Falsos amigos são assim, se aproximam de nós só por interesse e por uma força maligna desconhecida que traz satisfação somente a eles próprios e nos forçam a seu modo sem o sentirmos a gostar deles e sutilmente se insinuam em tudo que nos envolvem. Mas que gratuidade ou profundidade há neste tipo de amizade ou neste tipo de pessoa quando é posto á prova?
A afeição se conquista, assim como o respeito pelas opiniões alheias e não se impondo e sufocando o direito de liberdade do outro em ser ele mesmo. Amigo que não tem este tipo de intenção (aquele que você quer preservar) sempre ajuda prontamente e está presente quando precisamos se cala caso ouve algo que falamos e que o ofende lhe magoa ou o deixa triste e calado sai discretamente para nos deixar refletir sobre o que fizemos e volta depois, pois se preocupa conosco.
Às vezes ele nos diz verdades das quais não gostamos, mas que são necessárias serem ditas para que reflitamos, busquemos com elas nosso bom senso e tomarmos então consciência de que algo não vai bem e precisa ser mudado. E nem sempre compreendemos que este amigo faz às vezes, pois ele é um ser que age, pensa e é totalmente diferente de nós e jamais iremos moldá-lo e nem ele quer isso conosco, mas se acontecer ele poderá morrer como planta sem adubo e águaE como não existe amizade solitária, trata-se de uma estrada de duas vias, ele espera sim e aguarda o mesmo de nós ou vai aos poucos desaparecendo de nossas vidas até que encontre outra pessoa que tenha seus mesmos princípios e valores. Ele é alguém independente de nós, mas que quer fazer a diferença, mas não nos interessa ele se vai...
Todos podemos criar um mundo de ilusão e fantasia e mentir para todas as outras pessoas até para este nosso amigo, que percebe sim a mentira, mas se cala aguardando que tenhamos o bom senso em nos dar conta dessa tolice.
Sim! Podemos mentir até para nós mesmos, mas Deus que de tudo sabe e tudo vê, vai no momento certo cobrar de nós cada ato desonesto que tivemos. E não é quem acreditou, ouviu calado os nossos “contos de fadas mirabolantes”, que apostou em nossas ações que pagará pelas nossas más ações ou atos insensatos. Podemos ser agentes de nossas vidas se quisermos. Doar-nos ao próximo, retribuir a gratuidade da amizade que recebemos como uma benção de Deus, pois esta é a lei menor: se mentimos não amamos nem a nós mesmos e nem ao nosso semelhante, mas se mudarmos e isso ocorrer estaremos então cumprindo a lei maior; amar a Deus sobre todas as coisas. Devemos deixar de nos sentirmos vítimas, ter pena de nós mesmos e agir, fazer nossas escolhas independentes de movimentações exteriores e seguir em frente rumo ao que a vida nos reservar, pois ficar esperando a hora certa chegar pode se tornar tarde demais vamos um dia ter que dar conta disso. E aquele amigo que tanto nos apoiou nada terá com todas essas coisas que irão nos ocorrer, não irá se intrometer quando formos questionados por Deus e nem poderá nos aliviar o fardo naquele instante, pois fez isso o tempo todo no devido tempo. Será a sua cruz.
Pode sim levar tempo, o que for preciso, mas devemos sempre manter o foco que fará com que nossa vida tenha sentido real, sem alegrias passageiras de coisas seculares.
Deixar de se lamentar é o primeiro passo. A escolha é nossa e é exatamente isso que há de mais perfeito criado por Deus: sempre teremos escolhas, mesmo que elas pareçam não nos ocorrer quando queremos. Basta ter calma e saber que o pai Celestial nunca nos deixa a sós para enfrentarmos a tempo nossas aflições. Mas temos que confiar que ELE sempre coloca a pessoa certa e na hora exata para nos ajudar a cumprir o que ELE quer de nós e devemos sempre também ajudar aos que não nos abandonaram os enviados pelo Senhor. Eles também dependem de nós, pois têm suas aflições. Somos humanos e dependemos de forma respeitosa uns dos outros e de alguns mais em especial que de outros. Por isso devemos amá-los, respeita-los e repartir nossa luz interior, nossos talentos e dons concedidos com sinceridade, alegria, amor e buscar assim a felicidade plena, pois nunca devemos nos esquecer ou desistir de alcança-la.

*Janete Araújo - jornalista MG09591-JP/DRTMG

Nenhum comentário:

Postar um comentário