quinta-feira, 31 de julho de 2008

ORQUÍDEA


Enquanto toca a música da vida
Acontece a busca sem fim
por encontrar um prazer com as mãos
que sobem e descem, vão e vêm, sem sentido, sem nexo
causando apenas suspiros
provocando gemidos baixinhos
numa tortura doce e dolorosa ao mesmo tempo, meio indefinida, como uma suave melodia.
Uma agonia perversa que parece que nunca vai terminar, e o desejo que realmente não tenha fim.
Tudo isso, enquanto lábios experientes roçam, enconstam em lugares certos, secretos, íntimos com perfume agriadoce,molhando a pele em chamas e deixando a boca sequiosa na ãnsia de saciar uma sede que não é líquida, matar uma fome que não é de alimentos, mas um desespero por muito mais e, a expectativa do que ainda está por vir.
As peles se tornam úmidas exalando um odor natural, humano de feronômio animal tão quente, que deixa o sangue fervente.
As unhas machucam, arranham, mas não há dor.
os dentes entram na pele, mas as marcas são insignificantes.
Carne macia.
Carne rija.
línguas que viajam pela infinita procura pelo sabor da química entre corpos que se enroscam e se perdem entre pêlos que acabam por ficar no caminho dessa língua tão faminta.
Perfume de cabelos soltos recém lavados leva a lembrar um cheiro ainda mais doce e saboroso.
Seios se tornam poéticos na penumbra,
Um umbigo se torna objeto secreto de prazer
falo entumescido
O mundo lá fora esquecido.
As coxas se espremem e se enroscam, pés se entrelaçam, tudo numa mistura mística.
Respiração entrecortada.
E a orquídea se abre para receber o desejo total e pleno em suas entranhas e assim, emfim se descobrir.
possuir com o tato
Sempre experimentando, sentindo, gritos de amor que ecoam
num vazio glorioso de satisfação sem fim.
E depois vem a feliciadade nos lábios sonolentos....












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