quinta-feira, 31 de julho de 2008


O CORAÇÃO ESSE INGÊNUO


Suspiro um sopro comprido, chorado e largado que vaga meio inquieto no fundo do meu coração.

Me escondo num mundo imaginário só meu, criado como proteção para dara sentido às coisas que preciso conviver no dia-a-dia.

Procuro sentido na vida. Sentido do porque tenho eemoções e não conseguio distingui-las ou compartilha-las com alguém que compreenda como sou em meu íntimo.

Meu coração é quase um ser independente de mim.

Sente coisas que finjo não saber e as escondo do resto do mundo.

Pois o coração não obedece as ordens da gente, não age como a razão.

E suas escolhas nem sempre trazem felicidade, são meio aleatórias e às vezes dolorosas demais!

Ingênuo coração! Que não sabe que sofrimento e paixão não combinam.

Abrir a porta para os sentimentos errados é como estraçalhar um espelho em mil cacos difusos e tentar depois, coloca-los em seu devido lugar.

Mas nada posso fazer, se a razão não supera a emoção que o coração trasmite fazendo o peito arfar penosamente e a mente se confundir com qualquer promessa que jamais será cumprida.

Me sinto perdida, nada posso fazer, exceto me curvar e chorar copiosamente até que as lágrimas secem e meus olhos fiquem vermelhos e inchados e olhando com senasatez percebo que nada mudou. A realidade continua a mesma de antes.

Gritar, refletir, ficar acordada à noite, nada disso resolve os problemas trazidos pelo coração e, ele sem remorso algum contunua insistindo na mesma promessa. Aguardando sinais que nunca chegam, se agarrando a migalhas que lhe chegam de forma tortuosa.

Desejos do coração ingênuo sempre trazem consigo pequenos fragmentos cortantes, espetos que nos cravam o peito e ardem sem parar, queimando a nossa alma já contaminada pela emoção liberada pelos sentimentos.

Sem ouvir a voz da razão, o coração se torna escravo.

E eu me mantenho na solidão.

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